segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O falso silêncio das pálpebras e digitais.



E ele colocava as mãos sobre as minhas, tentando fazer com que eu conseguisse entender o que ele queria me dizer com os olhos.
O rosto dele deitou-se agora, no meu ombro esquerdo.
Não parava de pensar, no que ele poderia estar pensando.
As nossas mãos estavam geladas, e ao mesmo tempo em que eu tentava sorrir, ele tentava abrir os olhos.
Não sei dizer, se ele estava com medo ou se só queria dormir...
Não sei me dizer, se quem estava com medo na verdade, era eu.
Acho que as mãos suadas, eram de insegurança.
A insegurança que eu senti nos olhos dele. Mas não senti, quando ele deitou a cabeça em meu ombro.
Não senti, por que não sei.
Só sei, que eu não quis mais abrir os olhos.
As mãos juntas já bastavam por aquele momento.
E foi assim, que eu não soube mais dizer, nem abster tudo por ele.
Por que sinceramente.. Eloquentemente, acho que o amo.
Acho, mas amo.
E quando chegar o dia em que ele tocar minha mão pálida, e ela não mais transpirar...
Então eu paro de achar.