segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Amor online

Algum dia ja se apaixonou por alguem... desconhecido? Já se apaixonou por alguem que nunca viu, ouviu ou qualquer coisa assim? Se não, deixa eu falar mais ou menos como é.

É DESESPERADOR.
Imagina aquela pessoa que te completa... só pelos textos. E você sente vontade de saber de que olhos vem toda a inspiração. Tem vontade de saber que mãos tocam tão profundamente as teclas do teclado e formam aquela coisa que nos deixam no mínimo... bestas.
Não se importaria com a beleza exterior, porque o interior já está ali, ao alcance dos teus olhos. Não sente mais medo pois a sinceridade paira ao seu redor.
Imagina, aquela vontade louca de sentir o abraço que pode estar a alguns metros de distancia, ou alguns quilômetros...
Uma vontade imensa de se sentir... amada, nesses braços, de sentir o gosto dos beijos e...
Uma vontade de olhar nos olhos, sentir um sorriso sobre você.
Desesperador.
E hoje se tornou algo tão normal... as pessoas não sentem mais essa ebulição ao falar com alguem desconhecido, por ler uma poesia ou uma frase que toque seu coração. Não sentem mais borboletas no estômago por saber que em algum lugar, alguem passou o dia se perguntando se encontraria um e-mail seu quando chegasse em casa. Ou se ficaria nervoso enquanto esperava o computador iniciar. Não ficam mais nervosos ao saber que em qualquer lugar, no mundo todo, alguém gasta horas e horas conversando contigo, sem você, sem contato, apenas com os olhos e dedos, por uma tela pequena e muda. Não estou falando de programas de voz online ou web cam's. Não. Estou falando de se apaixonar por palavras e pelo coração poeta de alguem que talvez nem exista. De dedicar um tempo livre, em que poderia estar fazendo qualquer coisa produtiva, mas está ali, sentada em frente a uma máquina sem emoções e se emocionando com cada coisa a mais que lê; Com cada coisa que se lê entre as linhas. Se emocionando com o que não foi dito de forma explícita; Talvez nem tenha sido dito entrelinhas, de maneira alguma, mas foi sentido, que seja!
É assim. Pode não significar absolutamente nada, mas dói.
Desesperador. Relação masoquista e desesperadora.